Otimismo do empresário cresce em fevereiro, mas é menor do que no mesmo mês de 2011

O economista da CNI Marcelo Azevedo explica ser normal o maior otimismo nos primeiros meses do ano

O otimismo dos empresários cresceu 0,9 ponto em fevereiro sobre janeiro, atingindo 58,2 pontos, mas está 3,4 pontos abaixo de fevereiro do ano passado e um ponto inferior à média histórica. Os dados são do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 17.02. O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 mostram confiança e abaixo de 50, pessimismo. 

O economista da CNI Marcelo Azevedo explica ser normal o maior otimismo nos primeiros meses do ano. Prevê, no entanto, que o crescimento da confiança deve se manter nos próximos meses. “O crescimento tanto em fevereiro quanto em janeiro, que havia registrado 2,3 pontos sobre dezembro, sinaliza essa tendência”, justifica. 

A confiança cresceu nos três segmentos analisados - indústria de transformação, extrativa e de construção civil. A indústria extrativa – que inclui produção de carvão, gás e petróleo, minerais metálicos e não-metálicos - foi a que registrou maior crescimento do otimismo, com 2,6 pontos acima de janeiro. Foi seguida pelo segmento da construção, cujo indicador teve alta de 1,7 ponto no período. A confiança dos empresários da indústria de transformação aumentou 0,8 ponto neste mês frente a janeiro. 

Pelo quarto mês consecutivo, os industriais nordestinos se mantém os mais otimistas quando comparados aos empresários das regiões Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Apesar da queda de 1,1 ponto no ICEI do Nordeste em relação a janeiro, a confiança dos industriais da região atingiu 61,7 pontos, um indicador elevado. 

Pessimismo – O ICEI é formado por quatro componentes: avaliação sobre as condições atuais da economia brasileira e da empresa e expectativas sobre o cenário econômico do país e da indústria. Na avaliação das condições atuais da economia, mesmo com alta de 1,5 ponto em fevereiro ante o mês passado, os industriais continuam pessimistas. Esse indicador registrou 47,6 pontos em fevereiro e continua abaixo da linha dos 50 pontos desde março de 2011, quando assinalou 49,9 pontos. 

Sobre as condições atuais da empresa, o índice passou do pessimismo em janeiro, quando marcou 49,6 pontos, para a estabilidade em fevereiro, ao registrar 50,3 pontos. Já sobre o futuro da economia e da empresa, o otimismo dos empresários está alto. Em relação às expectativas para a economia nos próximos seis meses, o índice subiu de 57,2 pontos em janeiro para 58,8 pontos em fevereiro. O indicador de perspectivas para o futuro das empresas cresceu de 64 pontos para 64,6 pontos no período. 

O ICEI de fevereiro foi calculado com base em entrevistas feitas com 2.192 empresas entre 1º e 14 de fevereiro, das quais 773 de pequeno porte, 852 médias e 567 de grande porte. 

Metodologia – Desde o mês passado, a metodologia do ICEI passou a usar a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), do governo federal, para agrupar os setores da indústria analisados. Também houve mudança na classificação dos portes das empresas. 

São consideradas indústrias de pequeno porte as que têm de 10 a 49 empregados, de médio porte as de 50 a 249 funcionários e as de grande porte as que possuem a partir de 250 trabalhadores. A série histórica da pesquisa foi recalculada com base nessas mudanças. 

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Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI)

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