Encontro no Rio é oportunidade para ampliar negócios entre os dois países

A 29ª edição do Encontro Brasil-Alemanha, que ocorre no Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20 de setembro, é uma oportunidade de fomentar negócios entre os dois países

Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A 29ª edição do Encontro Brasil-Alemanha, que ocorre no Rio de Janeiro, nos dias 19 e 20 de setembro, é uma oportunidade de fomentar negócios entre os dois países. A avaliação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, em entrevista á Carta da Indústria, publicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). O evento é organizado pela CNI em parceria com a sua congênere alemã, a Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI).  Leia a entrevista:

Carta da Indústria – A Alemanha é considerada o motor econômico da Europa, enquanto o Brasil exerce o mesmo papel na América Latina. De que forma podem cooperar?

Robson Andrade – De forma ainda mais estreita do que sempre ocorreu. O Brasil é o maior receptor de verba alemã na América Latina. Os investimentos diretos da Alemanha aqui se recuperaram em 2009, com US$ 2,4 bilhões, ocupando o quarto lugar entre os países que mais investem no Brasil. Existem nada menos do que 1.200 empresas alemãs operando no nosso país, gerando 250 mil empregos e 7% do Produto Industrial brasileiro. A Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, com suas enormes necessidades de investimentos, são oportunidades imperdíveis para se ampliar os negócios bilaterais.

Carta da Indústria – No momento em que as atenções se voltam para os países em desenvolvimento, qual a importância do Brasil para a Alemanha e outros países desenvolvidos?

Robson Andrade – Economistas respeitáveis preveem que os países emergentes e as nações asiáticas serão o centro dinâmico da economia mundial. Isso já está ocorrendo de alguma forma com o desaquecimento das economias americana e europeia.
O Brasil tem um grande e dinâmico mercado interno. É um dos maiores produtores e exportadores de commodities, detém tecnologia de ponta em alguns setores e sua indústria, diversificada, versátil, tem todas as condições de incorporar as tecnologias mais modernas. A Alemanha, por sua vez, é a quarta economia mundial e a segunda maior exportadora, atrás apenas da China. Responde por cerca de 20% do PIB europeu e, após enfrentar uma retração de 4,7% em 2009, viu seu PIB crescer 3,3% em 2010, devendo aumentar 2% este ano, em meio à tempestade econômica que atinge os outros países da Europa. Maior complementaridade, impossível.

Carta da Indústria – O Encontro Econômico Brasil-Alemanha é um dos mais tradicionais encontros econômicos e políticos do país e o mais importante da agenda bilateral entre os dois países. Qual a expectativa da CNI para esta edição no Rio?

Robson Andrade – Nossa expectativa é a melhor possível. A CNI e sua congênere alemã, a BDI, a Confederação da Indústria Alemã, têm longa tradição de cooperação e parcerias. O exemplo mais recente disso foi a visita à CNI, no final de março, do ministro alemão dos Transportes, Construções e Desenvolvimento Urbano, Peter Ramsauer, acompanhado de grande comitiva de empresários.  Não temos dúvidas sobre os bons resultados que o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2011 trará aos negócios bilaterais. Até porque a pauta é promissora: os dois lados discutirão, entre outros temas, energias renováveis, infraestrutura, indústria automobilística, agronegócio e inovação, uma das prioridades da CNI. Não bastassem a relevância e a atualidade da agenda do encontro, a escolha do Rio de Janeiro como anfitrião destaca a importância da cidade e do Estado do Rio para a economia brasileira e também sua centralidade como sede dos megaeventos esportivos de 2014 e 2016.

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