Encontro defende apoio à pequena empresa para ampliar comércio de Brasil e Alemanha

Aumentar o dinamismo das empresas de menor porte será o grande desafio de brasileiros e alemães nos próximos anos no cenário das relações comerciais bilaterais

Aumentar o dinamismo das empresas de menor porte será o grande desafio de brasileiros e alemães nos próximos anos no cenário das  relações comerciais bilaterais. Com maior participação de empresas desses segmentos, Brasil e Alemanha aumentarão a corrente de comércio e as exportações de manufaturados e criarão mais empregos. Essa foi a tônica do encerramento, nesta terça-feira, 20.09, do 29º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), no Pier Mauá, no Rio de Janeiro.

 “As pequenas e médias empresas foram o fio-condutor das discussões nesse encontro. Temos o desafio de dinamizar as empresas desses portes, ativar a inovação, o comércio exterior, as trocas de experiências”, disse Steffan Zoller, representante do Brazil Board do Bundesverband der Deutschen Industrie (BDI), congênere da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidades promotoras do encontro.

“Nosso objetivo é nos concentrarmos mais nesses segmentos e criar uma rede empresarial mais ampla e eficiente”, completou Zoller. Informou que, durante os dois dias do EEBA, foram realizados cerca de 300 encontros de negócios, apresentações e conversas entre empresas brasileiras e alemãs, principalmente de menor porte.

As pequenas e médias empresas estão se inserindo no mercado global e têm um papel fundamental nas relações entre os dois países, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em pronunciamento lido por Carlos Mariani, vice-presidente da FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), que o representou na sessão de encerramento. “O crescimento dessas empresas é imprescindível para o Brasil aumentar as exportações de produtos manufaturados”, disse Andrade, acrescentando ter a CNI defendido sempre que os dois países trabalhem juntos para eliminar as barreiras ao comércio e aos investimentos.

Contra a bitributação - Uma dessas barreiras é a bitributação. A falta de um acordo para evitar a bitributação faz com que uma empresa brasileira instalada na Alemanha, por exemplo, pague impostos duas vezes, uma lá e outra aqui. “Estamos próximos de conquistar um acordo. Para tanto, os ministérios dos dois países  trabalham fortemente neste tema”, informou o vice-ministro de Economia e Tecnologia da Alemanha, Jochen Homann.

“Queremos insistir na maior inserção das micro, pequenas e médias empresas nos negócios. Um dos caminhos é evitar a bitributação”, sublinhou Homann.

A sede do encontro de 2012 foi anunciada durante o encerramento da 29ª edição. No ano que vem, o EEBA será promovido em Frankfurt, centro financeiro da Alemanha e da Europa. A edição deste ano, organizada pela FIRJAN, contou com a presença de cerca de 1.500 empresários, dos quais 300 alemães.

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